Após cumprirem o período de recesso escolar antecipado por causa de decreto estadual, os professores da rede municipal de ensino retornam hoje (31) para um replanejamento. Será a única atividade desta semana, pois a Prefeitura decidiu antecipar o feriado de 20/11 para amanhã (1), emendando com a sexta-feira santa (2). Para este reinício, a Secretaria de Educação autorizou o trabalho de casa, tecnicamente conhecido como “home office”, por meio do aplicativo de estudos online “google meet”.
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As aulas com os alunos retornam na segunda (5) sem uma definição até o momento sobre o impasse gerado pelas aulas remotas, que vem sendo realizadas das escolas. Antes do recesso, os professores vinham buscando um acordo para o desenvolvimento das atividades em casa, considerado por eles mais seguro por conta do agravamento da pandemia.
No dia 9 de março tanto os professores da EMEIF Maria Luiza Rocha Leite como os da EMEF Adolpho Thomaz de Aquino encaminharam ofícios para a secretaria de educação com ajustes que consideram necessários na proposta inicial da Prefeitura para o trabalho em home office. A secretária Cristina Sanches informou que seriam apreciados pelo setor jurídico da Prefeitura, que até o momento não emitiu seu parecer.
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“Penso que é muito tempo para analisar dois documentos simples, de apenas uma página cada um, com assuntos fáceis de resolver”, considera a diretora de educação Bernadete Ferreira de Couto, do Sismar, sindicato que representa a categoria e vem intermediando as negociações.
Para ela, a reivindicação dos profissionais é legítima e a Prefeitura deve demonstrar disposição em buscar uma solução. “A gente falou sobre o cenário da pandemia, com os riscos e o abalo emocional, além da segurança tanto para eles como para o município, pois muitos vêm de outras localidades”, ressalta.
Desmotivação
Enquete realizada com os professores demonstrou que a grande maioria optou pelo trabalho remoto em “home office”. A categoria já conquistou limares tanto na justiça regional como estadual para o trabalho em casa diante do agravamento da doença. Um dos professores ouvido pela reportagem revela desmotivação com a atual situação. "Particularmente, tento não deixar interferir no meu desempenho em relação ao que tenho que oferecer aos alunos, pois eles não tem culpa, mas existe realmente o desânimo de ter que trabalhar e passar por tudo isso”, confessou.
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