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Prefeitura e Sismar buscam acordo no trabalho remoto dos professores; aulas continuam das escolas

A Prefeitura de Motuca e o Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região) vêm buscando um acordo coletivo para a atuação dos professores durante a fase mais grave da pandemia da Covid na região. Eles continuam em trabalho remoto nas escolas, o que vem sendo questionado pelo perigo de contágio, sendo que é possível realizar as atividades com maior segurança em casa ("home office"). Desde a semana passada, foram realizadas três reuniões, a última na manhã de hoje (4), que também contou com a participação de um representante dos educadores da escola Adolpho Thomaz de Aquino.


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O prefeito João Ricardo Fascineli vinha se negando a atender solicitações dos professores para atuarem em casa com a principal justificativa que seria injusto com os demais servidores. Após conversa com o Sismar, concordou em autorizar o “home office”, mas desde que os docentes cumprissem o horário das aulas e demais obrigações como se estivessem em ambiente escolar.


Com isso, foi elaborado documento com as diretrizes e entregue na quinta (25) e sexta (26) pessoalmente pela Secretária de Educação Cristina Sanches. A proposta, porém, não agradou aos professores e nem ao Sismar, que observaram irregularidades em seu conteúdo e na forma como foi apresentada: individualmente e não de forma coletiva. Além disso, avaliam que, na prática, sua execução é inviável tecnicamente pela falta de equipamentos adequados. A Prefeitura vem orientando que utilizem laptop disponibilizado há nove anos, na primeira gestão do prefeito João Ricardo Fascinei, mas o aparelho é considerado obsoleto e suas configurações não suportariam os programas atuais de vídeo-aulas.


Acesse a íntegra da proposta da Prefeitura/Secretaria de Educação

PROPOSTA DE ACORDO COLETIVO DE TRABALHO
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O documento condiciona o trabalho em casa com gravações de vídeos que devem ser encaminhados diariamente aos alunos por meio de grupo de whatsapp e à Secretaria de Educação por e-mail, com explicações minuciosas por escrito do que foi preparado. Além disso, os professores devem criar link no Google Meet, aplicativo para estudos online, e disponibilizar para a Secretaria de Educação durante todo o horário da aula. A avaliação dos professores é que seriam criados vídeos longos e impossibilitaria os encaminhamentos pelo tamanho dos arquivos.


As penalidades incluídas no documento também foram alvos de críticas. O texto prevê que, em caso de descumprimento das diretrizes, os professores que optarem pelo trabalho em "home office" poderão ser notificados, advertidos pelo seu superior imediato e, caso haja reincidência, poderá haver instauração de procedimento administrativo. Na visão dos professores, todos estariam sujeitos às punições pelas dificuldades técnicas impostas no documento.


Na reunião de hoje, o prefeito João Ricardo Fascineli justificou as exigências em razão de cobranças direcionadas por pais de alunos para melhorar a qualidade do conteúdo do ensino à distância. Por outro lado, os professores demonstram que sempre estiveram disponíveis para eventuais dúvidas e buscam cumprir suas obrigações com qualidade, preparando as aulas e encaminhando aos alunos.


Contraproposta

Diante do impasse, os professores apresentaram uma contraproposta do que consideram possível e adequado ao trabalho em “home office”. Amanhã (5) está agendada uma nova reunião com a Secretária de Educação Cristina Sanches com a finalidade de chegarem a um acordo.

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