“O SUAS demonstrou que é possível garantir proteção social sem assistencialismo”, diz Marô Marques
- Redação

- 10 de jul.
- 2 min de leitura
Na apresentação inicial da 14ª Conferência Municipal de Assistência Social de Motuca, a assistente social Marô Marques destacou os 20 anos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) como um marco de "construção coletiva, resistência e fortalecimento" das políticas públicas no Brasil. Em seu discurso, a profissional enfatizou o caráter transformador da política.
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Conferência como ato de resistência e memória
Marô Marques iniciou seu discurso reforçando o caráter histórico do encontro: “Este ano celebramos duas décadas de construção coletiva, resistência e fortalecimento da política pública de assistência social no Brasil”. Ela enfatizou que a Conferência vai além da comemoração, servindo como espaço para “escuta, debate e proposições, onde cada voz importa”. Segundo a palestrante, o SUAS é fruto da “luta popular e mobilização social”, e sua trajetória comprova que é possível “garantir proteção social sem assistencialismo, promover autonomia sem exclusão e defender direitos, mesmo com tantos retrocessos políticos”.
Democracia participativa
A assistente social destacou o papel fundamental da participação social na efetividade do SUAS: “A Conferência é um dos instrumentos mais potentes da democracia participativa e só se torna efetiva com a presença ativa da sociedade civil, trabalhadores, usuários e gestores”. Para ela, as diretrizes transformadoras nascem da “escuta qualificada, do diálogo respeitoso e da pactuação coletiva”. Marô também alertou para os desafios enfrentados pelo sistema, incluindo “cortes orçamentários e desigualdades”, definindo o evento como um “ato de resistência contra a invisibilidade e pela vida, equidade e justiça social”.
Protagonismo e fortalecimento do SUAS
Ao final, Marô Marques convocou os participantes a assumirem papel central na defesa das políticas públicas: “Este é o momento para um convite ao protagonismo: que cada um se reconheça como parte ativa do SUAS, sujeito de direito e autor das propostas que serão construídas aqui”. Sua fala reforçou o compromisso com a dignidade humana e a necessidade de consolidar avanços mesmo em contextos adversos, encerrando com um apelo à união em defesa do sistema: “Resistir é garantir que o SUAS continue transformando vidas”.




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