
Na Audiência Pública realizada na quarta (26) na Câmara Legislativa para discutir a segurança nas escolas após episódios de ataques pelo país, a Prefeitura apresentou ações copiadas na maior parte de proposta de Araraquara, entre elas algumas consideradas extremas como proibição de celular de alunos e profissionais da educação, câmeras com áudio e vídeo nas salas de aula e cerca em muros (veja a íntegra das ações no final da matéria).
Assista a Audiência:
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O documento traz uma série de orientações com competências do poder público, instituições de ensino, pais/responsáveis e alunos para o enfrentamento do problema. “Existe a preocupação de todos e a Prefeitura está agindo, algumas coisas saem no curto prazo como o controlador de acesso e recentemente o portão com tranca automática, outras em longo prazo, pois o orçamento tem que ser autorizado pela Câmara e fazer licitação”, disse o prefeito, que estava acompanhado da diretora de educação Cristina Sanches e outros membros de sua equipe administrativa.
Ricardo relatou que pretende transformar o documento em um projeto de lei e encaminhar para apreciação dos vereadores. Desta forma, argumentou ele, outros prefeitos que atuarem na administração municipal teriam maior dificuldade em alterar ou revogar o texto, diferente de decreto que poderia ser modificado a qualquer momento sem autorização legislativa.
O prefeito criticou a ausência de representantes do governo estadual, responsável pelo ensino médio em Motuca .De acordo com a Câmara, o convite foi encaminhado. “Sabemos que são os estudantes de lá que trazem mais problemas, pois não respeitam os professores como nas séries inferiores. Então repudio essa atitude”
O prefeito também elencou outras iniciativas de seu governo como distribuição de uniformes para identificação dos alunos e a contratação de psicóloga para atuação nas escolas. A inclusão da profissional no quadro de servidores, porém, só foi viabilizada após reinvidicação do Conselho Tutelar e interfefência da Promotoria de Américo Brasiliense.
Ricardo disse que também iria retornar com o projeto "Caminho da escola", que consiste no transporte escolar na área urbana, e instalar 32 câmeras de segurança em locais de grande movimentação da cidade.
Celular nas escolas
Um dos temas que gerou discussão foi a proibição de celulares nas escolas. Após elogiar a ideia do prefeito Edinho de Araraquara e incorporada por ele em Motuca, Ricardo argumentou que a iniciativa é importante para melhorar a segurança por impedir a comunicação entre eventuais agressores, Um dos participantes refutou a tese e disse que o aparelho é necessário até mesmo para o registro de imagens e denúncias em caso de invasões.
Outro ponto polêmico é a instalação de câmeras com áudio e vídeo nas salas, que poderá ter resistência de educadores, como já ocorreu em outras localidades, por considerarem que interferem em suas autonomias e privacidade.
Ricardo sugeriu que os aparelhos não teriam a finalidade apenas de melhorar a segurança nas escolas, mas também de monitorar a dinâmica de aprendizado. Nas palavras dele, alguns professores ficarão chateados com a instalação, pois utilizam grande parte do tempo passando vídeo e, com o equipamento, teriam que mostrar trabalho.
Conheça o documento com as diretrizes:








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