Para o Conselho Tutelar de Motuca, o município deve priorizar investimentos aos jovens, conforme detemina o Estatuto da Criança e ao Adolescente (ECA). De acordo com a conselheira Mara Vanzan Marques, que representou o órgão de proteção na Audiência, uma de suas atribuições é constatar deficiências nos serviços municipais necessárias para os jovens e provocar o Poder Público a saná-las.
Leia também:
Prefeito propõe proibir celulares, câmeras nas salas e cercas em muros nas escolas; Veja a íntegra
"Foi criado um pânico descomunal", diz Tenente da PM, que reforçou atuação em escolas da região
Pais de alunos apontaram falhas na segurança das escolas e aguardam as ações
Vereadores destacam importância da Audiência e fazem sugestões de melhorias
Com isso, após ataques em escolas do país no ano passado, o órgão encaminhou pedidos de providências a administração municipal para aprimorar a segurança nas escolas. "Como na época não observaram a necessidade, inclusive com a anuência da Promotoria, enviamos novamente Ofício no dia três de abril e aguardamos a resposta. Vimos (na Audiência) agora que as medidas estão sendo tomadas”, discursou.
Uma das principais preocupações do Conselho Tutelar é a saúde mental das crianças e dos adolecentes, inclusive porque muitos dos agressores às escolas apresentavam algum tipo de doença. A conselheira disse que existem jovens no município com diferentes problemas comportamentais que não estão sendo tratados por falta de profissional.
“É preciso que tenha um psiquiatra que atue na área da infância e juventude. Já encaminhamos ofício com a solicitação, mas o Departamento de Saúde orienta a procurar um profissional que não possui essa especialização e se recusa a atender por isso”, afirmou.
Mara destacou o trabalho do Conselho junto a Promotoria de Américo para a contratação de psicólogas nas escolas, mas disse que nos locais ainda faltam assistentes sociais. “Também é preciso capacitar os professores para detectar casos graves de depressão”, considerou.
Ela revelou casos de denúncias que chegaram ao Conselho, inclusive de uma mensagem escrita no banheiro de uma das escolas do município com alusão a ataques. A ocorrência, já de alguns anos, após apuração, foi tratada pelas autoridades como um trote. Ela também revelou denúncia encaminhada pelo Disque 100, do Governo Federal, apontando fragilidades nas escolas.
Assista a íntegra da Audiência:
Comments