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“Todos estão descontentes e com medo”, diz professora sobre exigência do trabalho nas escolas


Escola Maria Luiza com o estacionamento tomado de carros

Por conta do agravamento da pandemia, as aulas presenciais previstas inicialmente para acontecer no dia oito de fevereiro em Motuca, foram suspensas e a Secretaria de Educação determinou que fossem realizadas de forma remota, mas com os professores criando conteúdo nas escolas em horário integral.

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A decisão desagradou os docentes, que temem pela saúde em razão da região passar pelo pior momento da doença, com aumento de mortes e falta de leitos. “Todos estão descontentes e com medo”, declara uma das profissionais que preferiu não se identificar.


Ao menos seis servidores da educação já foram contaminados pela doença, sendo que três após o retorno das aulas (mas não existe relação com o ambiente de trabalho). A Prefeitura disponibilizou testes rápidos a todos os trabalhadores do setor na semana passada, cujos resultados finais foram divulgados como negativos.

Os profissionais reivindicam o que consideram um bom senso diante da situação e o que vem ocorrendo em cidades da região: trabalhar em casa (home office), como era realizado no ano passado. “Não haveria perda de qualidade, pois todos têm internet em casa e usaríamos nossos aparelhos”, argumenta outra docente.

Eles também alegam que grande parte dos profissionais da rede municipal de educação vem de outras localidades como Guariba, Araraquara, Américo Brasiliense, Rincão, Matão e Jaboticabal, o que viola regras de distanciamento e isolamento social preconizadas por decretos voltados a controlar a Covid. Dos que trabalham na escola Adolpho Thomaz de Aquino, somente dois dos 14 professores são de Motuca.

Outro ponto ressaltado é a disponibilização de condições nas escolas para o desenvolvimento das aulas. Professores da Maria Luiza afirmam que a qualidade do sinal de internet que chega às salas é ruim. Também cobram ferramentas para trabalho online como chip de celular e notebook, de acordo com o que prevê a Legislação Trabalhista.

Com o agravamento da doença neste mês, as aulas presenciais já foram adiadas duas vezes, nos dia 8 e 15 de fevereiro. A nova data prevista para o retorno é dia 22, mas somente com melhora nos indicadores da Covid.

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