Por meio de post em seu perfil no Facebook, o prefeito João Ricardo Fascineli escreveu ontem (26) que o secretário de saúde Márcio Aparecido Contarim pediu para deixar o cargo a partir de janeiro do próximo ano. A motivação, de acordo com ele, foi a reprovação do projeto de ampla reestruturação administrativa da Prefeitura. “Peço para reconsiderar.... pois se algumas pessoas não valorizam seu trabalho, nós, da administração, e muitas pessoas da comunidade, reconhecemos”, apontou. Vários moradores deixaram comentários pedindo para que o secretário permaneça.
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O projeto de ampla reestruturação administrativa foi reprovado por 6 votos a 2 na Sessão Extraordinária realizada na última quarta (22). Vereadores e servidores vinham solicitando o adiamento da votação por considerarem o projeto complexo e com vários pontos subentendidos. O texto chegou a ser retirado de Sessão anterior por apresentar erros formais, inclusive com menção a outra cidade (Boa Esperança) ao invés de Motuca.
Ricardo argumentou que vem realizando reposição nos vencimentos dos servidores municipais enquanto os cargos políticos não tiveram o mesmo tratamento. “Desde 2010, quando foi criado, o cargo de secretário nunca teve reajuste algum”, escreveu. O prefeito comparou o valor direcionado aos secretários de cidades vizinhas, onde os valores são maiores.
Os vereadores e o Sismar, sindicato que representa a categoria, apontaram inconsistências no projeto e enfatizam a necessidade de envolvimento com os servidores para a construção do texto. "Em reunião com o prefeito fizemos algumas sugestões, mas não foram acatadas... então tivemos que fazer a deliberação e o projeto foi reprovado", relatou o vereador Renato Luis Rateiro.
Para o presidente do Sismar Gustavo Jacobucci, o projeto concede muitos poderes ao prefeito a partir de decisões por decreto, o que é um ponto negativo para os servidores. “A reforma administrativa é muito grande para fazer a toque de caixa”, considerou.
Evolução salarial de profissionais da educação mencionado por Ricardo é rebatido por professor
Em uma resposta ao comentário de um morador sobre a necessidade de proporcionar o mesmo tratamento entre todos os trabalhadores da Prefeitura, o prefeito João Ricardo Fascineli escreveu que profissionais da educação recebem até 10% a mais e os que possuem pedagogia podem acumular aumento de 20% nos vencimentos a partir de critérios existentes no Plano de Carreira da Educação.
A colocação, porém, foi rebatida pelo professor Antônio Torres em seu perfil no Facebook. “Para atingir o máximo da evolução salarial possível através do Plano de Carreira e obter os tão sonhados 20% de aumento... os educadores terão que obter vários requisitos e possuir uma segunda graduação na área da Educação. São 10-15 anos de estudo e grande dedicação para atingirmos tal evolução salarial de 20%.”, escreveu. (veja os posts abaixo).
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