Rumo ao “fim do mundo: motociclistas de Motuca iniciam expedição até Ushuaia
- Redação

- 4 de out.
- 3 min de leitura

Hoje (4), o jovem mecânico Alexandre William de Santana, de 24 anos, e o amigo e colega de trabalho Vitor Gouveia Fabrício, de 37 anos, iniciaram uma expedição de motocicleta até Ushuaia, no extremo sul da Argentina, conhecido como “fim do mundo”.
O sonho
Alexandre conta que a ideia amadureceu há mais de um ano, inspirada por uma viagem anterior que realizaram pelo Sul do Brasil, percorrendo mais de 4 mil quilômetros pelas serras de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. “Eu comprei a moto justamente para realizar esse sonho”, explica. A partir dali, começou a preparação cuidadosa: revisão completa das motos, estudo das rotas e organização de equipamentos para acampamento.
O trajeto
Serão aproximadamente 13 mil quilômetros percorridos em cerca de 30 dias, passando por Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Argentina e Chile. Na ida, a dupla seguirá pela Rota 3, costeando o Atlântico até Ushuaia. Na volta, o caminho será pelo Chile, subindo a Rota 40, atravessando as Cordilheiras dos Andes e chegando ao deserto do Atacama, antes do retorno ao Brasil.
Estrutura e desafios
Alexandre partiu com sua Honda CBX 250 Twister, ano 2007, enquanto Vitor com sua Kawasaki Versys 650, 2012. Durante boa parte do percurso, as estadias serão em acampamentos improvisados, com direito a cozinhar no fogareiro e dormir em barracas. A viagem, no entanto, envolve riscos. “Vamos enfrentar trânsito pesado, estradas geladas e o frio intenso da Cordilheira dos Andes. Não estamos acostumados com esse tipo de condição, mas vamos com cautela”, ressalta o motociclista.
Apoio e apreensão
O sonho de Alexandre é acompanhado com admiração, mas também com preocupação pela família. “Minha mãe sempre me sugere opções mais seguras, como ir de carro ou avião, mas nunca tentou me impedir. Minha namorada, por outro lado, está apavorada”, revela.
Custos
O planejamento financeiro também fez parte da preparação. Alexandre e Vitor estimaram levar cerca de R$ 10 mil cada para cobrir despesas da viagem, além dos gastos prévios com manutenção das motos e equipamentos. “Esse valor é apenas para o trajeto. Como vamos acampar bastante e levar comida, conseguimos reduzir os custos. O maior gasto deve ser mesmo com o combustível”, explica Alexandre. Mesmo sem grandes patrocinadores, a dupla recebeu apoio de comerciantes locais.
Mais que aventura
Para o motociclista, a viagem vai além da aventura. “Descobri que tenho um propósito: motivar outras pessoas a correrem atrás dos seus sonhos. A estrada é onde mais sinto a presença de Deus. Essa viagem não é apenas um desejo, é algo espiritual também”, destaca.
Paixão sobre duas rodas
Curiosamente, a paixão de Alexandre pelas motos surgiu por acaso. Ele conta que, no início, não gostava de motos e tirou a habilitação apenas por conveniência.“Eu tirei a carta só porque compensava fazer as duas categorias de uma vez, mas eu não andava de moto. Não gostava mesmo”, relembra. Tudo mudou quando assistiu a um vídeo de registros de viagens de um motociclista. “Na hora pensei: ‘Quero fazer isso também’. Comprei minha moto e me apaixonei. Hoje, a sensação de liberdade que tenho pilotando é indescritível.”
Registro e memória
Todo o percurso será documentado em vídeos e fotos, compartilhados nas redes sociais de Alexandre, incluindo YouTube, Instagram, TikTok e Facebook. Ele se responsabilizou por registrar cada etapa, com a promessa de transformar a aventura em inspiração para outros viajantes e sonhadores.
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Toda a viagem será registrada em fotos e vídeos:




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