Quem achou que já iria sair com o tão sonhado terreno para a construção de moradia própria ficou mais uma vez frustrado. A reunião, destacada pelo prefeito Ricardo para a “entrega dos terrenos” foi utilizada fundamentalmente para explicar que nem todos os beneficiados irão receber neste primeiro momento.
Dos 260 lotes, 65 serão sorteados no sábado (25) à noite para, nas palavras de Ricardo, “começarem com as obras amanhã”. Do total, 84 foram desclassificados por descumprirem exigências do programa como a aquisição de imóveis e mudança de cidade. Existem, ainda, mais de 160 suplentes.
Ricardo assegurou que estes primeiros terrenos estão regularizados e com praticamente toda a infraestrura básica, faltando a energia elétrica. “Estes já estão com pavimentação e possuem ligação de água e esgoto, faltando apenas levar os postes de força, mas isso é rápido”, disse.
A maioria dos lotes possui 160 metros quadrados. Outros, localizados em esquinas, são maiores, chegando a cerca de 200 m2, por conta do projeto de engenharia. “Os terrenos serão definidos nos sorteios e a Prefeitura irá fiscalizar para que não saiam de qualquer forma”, alertou.
Os outros 195 terrenos não possuem a estrutura básica necessária. Por isso, não serão entregues aos beneficiados agora. De acordo com Ricardo, serão regularizados e doados por etapas até o primeiro semestre.
A entrega dos primeiros terrenos neste momento se deve ao calendário eleitoral. No ano que vem, quando haverá eleições municipais, existe impedimento legal para a realização de iniciativas que tragam desequilíbrio entre os candidatos como doações e entrega de benefícios.
Para justificar a demora na conclusão completa do Programa, ele culpou a burocracia e “pessoas do nosso meio que querem que não dê certo de jeito nenhum”, alfinetou. Entre os “culpados”, citou proprietários de imóveis que possuem casas de aluguel. “Quem tem casa de aluguel não vai ficar contente”, ironizou.
Para sustentar o argumento, revelou que foi protocolada denúncia no Ministério Público para apurar ilegalidades na conquista de um dos lotes por uma cunhada sua. De acordo com Ricardo, ela atende aos critérios exigidos para o Programa, como ser mãe solteira, e não houve privilégio.
O evento também contou com a participação de um empresário dono de uma construtora de Araraquara que apresentou plantas de imóveis com as dimensões dos terrenos. Os valores variam de R$ 1.500 o metro quadrado até R$ 5 mil, dependendo do acabamento. A empresa também se comprometeu a assessorar na contratação de financiamentos junto às instituições bancárias.
Distrito industrial
Ricardo também falou sobre o segundo distrito industrial onde serão disponibilizados 43 lotes. Haverá processo licitatório para a concessão. “E não significa que cada terreno será para uma empresa. Uma pode ficar com mais”, explicou.
Veja fotos da reunião:
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