Prevenção do câncer começa no amor próprio e na escuta do corpo, reforça ONG em Motuca
- Redação

- 27 de out.
- 3 min de leitura

A noite de sábado (25) foi marcada por emoção, acolhimento e informação na Câmara Municipal de Motuca. A ONG Oncovita, de São Carlos, realizou uma palestra sobre o Outubro Rosa e o Novembro Azul, unindo relatos de superação e orientações sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. O evento foi promovido pelo Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Motuca, com apoio da Prefeitura, Conselho Tutelar, COMCRIAMO, Polícia Militar e Polícia Civil.
Assista a íntegra do evento:
Nosso corpo fala
A abertura ficou por conta de Rose Moreno, diretora e fundadora da ONG, que conduziu a plateia com dinâmicas e reflexões sobre o autocuidado. “Quando falamos de autoamor e autocuidado, é importante que você esteja atento com você, não com quem está do lado. Nosso corpo fala, e é preciso escutar o que ele está dizendo”, destacou. Ela lembrou que o trabalho da Oncovita é pautado no amor e na valorização da vida: “Aqui não tem tristeza. A gente canta, dança, se maquia e até reconquista velhos amores. A prevenção começa no amor próprio”.
Vergonha é perder a chance de cura
A enfermeira Ivelize Lima, integrante da equipe da Oncovita, explicou de forma leve e didática os riscos e sinais do câncer de próstata, cuja prevenção é destacada na campanha "Novembro Azul", ressaltando o papel da informação no combate ao preconceito. “É muito ruim o homem deixar de se cuidar por causa de piadinhas. Hoje, deixar de fazer o exame de toque por vergonha é perder a chance de cura”, alertou. Segundo ela, “quanto mais cedo o diagnóstico, mais simples e menos invasivo é o tratamento”.
Relatos
O evento contou com relatos de mulheres que venceram o câncer e hoje ajudam outras pacientes a enfrentar o processo com coragem.
Viver é o que importa
Érika Oliveira, vice-presidente da ONG, disse que descobriu a doença aos 39 anos: “Quando ouvi o diagnóstico, pedi apenas a Deus que me deixasse ver meus filhos crescerem. Eu tirei as duas mamas, mas estou viva — e isso é o que importa. Prevenir ainda é o melhor remédio”.
Um gesto simples que salva vidas
Outra palestrante, Naiara Roberta, revelou a descoberta do câncer de mama através do autoexame. “O médico pode até encontrar o nódulo, mas quando ele encontrar, pode ter certeza que já estava ali há muito tempo. O autoexame é simples e salva vidas”, disse.
Seu corpo, sua responsabilidade
Durante a palestra, Rose fez um convite simbólico às mulheres: “Não terceirizem a responsabilidade de se cuidar. O diagnóstico precoce é a diferença entre a dor e a superação. O autoexame é um gesto de amor com o próprio corpo”.
A atividade encerrou-se com uma apresentação artística que representou a luta, a força e a transformação de mulheres que enfrentaram o câncer. Ao final, Rose resumiu o sentimento que guia o trabalho da instituição:
“O sonho da Oncovita não é crescer. Nosso sonho é que um dia a ONG possa fechar as portas — porque isso significaria que ninguém mais precisaria de nós.”
Sobre a Oncovita
A ONG Oncovita foi apresentada como uma organização sem fins lucrativos fundada em 2011, na cidade de São Carlos, com a missão de valorizar a vida e promover a reabilitação de pessoas em tratamento contra o câncer — mulheres, homens e até crianças. É composta por mais de 80 profissionais e parceiros — entre psicólogos, fisioterapeutas, maquiadores, cabeleireiros, tatuadores e micropigmentadores — que devolvem autoestima e dignidade a quem enfrenta o câncer. Entre as atividades realizadas, estão palestras educativas, acolhimentos individuais, oficinas de autoestima, doação de perucas e apliques, procedimentos estéticos reparadores (como tatuagem de aréola mamária) e ações de prevenção e conscientização em escolas, empresas e unidades de saúde.




Comentários