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União e acesso a crédito são caminhos para o desenvolvimento da agricultura familiar, aponta técnico da CATI

Luiz Gustavo Ennes Pizzaia, à direita, com o diretor do município Niego Silva Pinto e a agente do Sebrae Aqui Jucilene Soares
Luiz Gustavo Ennes Pizzaia, à direita, com o diretor do município Niego Silva Pinto e a agente do Sebrae Aqui Jucilene Soares

O técnico da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Luiz Gustavo Ennes Pizzaia, integrante do Conselho de Desenvolvimento Rural de Motuca (CMDR) ressaltou que a organização coletiva dos agricultores familiares e o acesso ao crédito rural são fundamentais para impulsionar o desenvolvimento do setor e fortalecer a economia local. Em visita recente a Motuca, ele destacou os papéis do cooperativismo e das linhas de financiamento voltadas ao setor.


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Cooperativismo fortalece

Pizzaia explicou que o cooperativismo é uma estrutura que permite aos pequenos agricultores atuarem com mais força no mercado. Segundo ele, a cooperativa é “uma empresa formada por pessoas que decidem trabalhar juntas para gerar renda e benefícios para todos os cooperados”.


Ele destacou que o modelo surgiu de uma necessidade histórica: “O cooperativismo nasceu da necessidade de sobrevivência. Na Inglaterra, na Revolução Industrial, as pessoas perceberam que, unidas, poderiam produzir e comercializar melhor, sem depender de intermediários”.


Para o técnico, os mesmos princípios continuam atuais no campo brasileiro. “Sozinho, o produtor tem pouca força; em grupo, ele passa a ter peso no mercado”, afirmou. Além de ampliar a competitividade, o cooperativismo possibilita acesso conjunto a insumos, tecnologias e mercados, beneficiando especialmente agricultores de menor escala.


Crédito rural como ferramenta estratégica

Outro ponto enfatizado por Pizzaia foi o uso adequado das linhas de crédito voltadas ao setor rural. Ele classificou o crédito como uma ferramenta essencial, mas ainda pouco explorada pelos produtores. “Cooperativismo e crédito são duas ferramentas fantásticas para o desenvolvimento da agricultura. Só que ainda usamos pouco”, destacou ele, que chamou a atenção para oportunidades oferecidas por programas de financiamento com juros reduzidos, que possibilitam investimentos em infraestrutura, tecnologia e sistemas sustentáveis. Quando utilizados de forma planejada, explicou, esses recursos podem transformar a realidade produtiva das propriedades rurais.


Organização coletiva é fator decisivo

Apesar do potencial, Pizzaia observou que muitos avanços dependem da mudança de postura dos próprios agricultores. Para ele, o maior desafio não é técnico, mas cultural. “O principal problema não é técnico nem financeiro, é cultural. As pessoas têm dificuldade de confiar umas nas outras e de trabalhar em conjunto”, afirmou. O técnico reforçou que superar essa barreira é fundamental para que iniciativas de cooperativismo prosperem. A união entre produtores, disse ele, cria condições para buscar melhorias estruturais, negociar melhor no mercado e acessar políticas públicas de forma mais eficiente.


“Todos ganham”

Pizzaia reforçou que a organização comunitária é o caminho para o desenvolvimento rural sustentável. “Quando o produtor se organiza, todos ganham — ele, a comunidade e o município”, afirmou. Para ele, o fortalecimento do cooperativismo e a ampliação do uso consciente do crédito rural representam oportunidades concretas para transformar a realidade do campo e promover crescimento econômico de maneira coletiva e duradoura.

 
 
 
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