Desafios da saúde mental são discutidos em reunião do Conselho de Saúde
- Redação
- há 1 dia
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A saúde mental foi um dos temas de maior destaque na reunião do Conselho Municipal de Saúde, realizada no último dia 27, revelando preocupações com a crescente demanda, dificuldades de fluxo e necessidade de organização interna nos atendimentos psicológicos e psiquiátricos.
Fila da psicologia
A gestão informou que, antes do período de férias da psicóloga municipal, havia seis pacientes em atendimento. No retorno da profissional, entretanto, o número de encaminhamentos havia ampliado para cerca de 40, volume que surpreendeu a equipe.
Segundo o diretor de saúde Pedro Mascelani, muitos desses encaminhamentos acabam não se concretizando por diferentes motivos. Diante desse cenário, apresentou proposta de implementação de um protocolo de triagem, que permita identificar quais casos realmente necessitam de atendimento psicológico estruturado. O objetivo, de acordo com ele, é evitar que demandas passageiras ou leves ocupem vagas de pacientes com maior gravidade.
Problema regional
Pedro informou que esteve presente em uma Audiência Pública promovida pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo em Araraquara, acompanhada por cerca de 25 municípios da regional. Ele destacou que, quando a palavra foi aberta, todos os municípios, sem exceção, apresentaram reclamações referentes à saúde mental. “Todos os municípios que falaram, todos reclamaram e apontaram problemas na saúde mental". Entre os problemas citados estão: falta de vagas, dificuldade de encaminhamento, altas muito rápidas em serviços regionais, falta de psicólogos e psiquiatras, falta de infraestrutura e financiamento.
Projeto de grupos de técnicas de respiração será iniciado em janeiro
Em resposta à alta demanda de pacientes que procuram a unidade diariamente, especialmente em momentos de crise emocional, foi anunciada a criação de grupos de técnicas de respiração, idealizados pelo psiquiatra e alinhados com a equipe de saúde.
Esses encontros terão caráter coletivo e serão abertos tanto para pacientes do psiquiatra quanto para qualquer pessoa da comunidade que deseje participar. A previsão apresentada é de que o projeto comece em janeiro, após organização da logística e divulgação formal.
O objetivo é oferecer um recurso simples e acessível para manejo da ansiedade, reduzindo:
a sobrecarga da equipe,
o número de retornos repetidos no mesmo dia,
e o sofrimento imediato de pacientes em crise.
Profissionais enfatizaram que a técnica “ajuda muito” e que a iniciativa já está em fase de estruturação.
