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Araraquara é exemplo que restrições funcionam, avalia Fiocruz

Atualizado: 22 de mar. de 2021


Média móvel diária de novos casos e pressão por leitos diminuíram, apontou o estudo da Fiocruz. Foto: R7

Para enfrentar o colapso no sistema de saúde, com taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 em 100%, que levou a mortes por falta de assistência, Araraquara endureceu restrições com o objetivo de diminuir a circulação do vírus. E deu certo. De acordo com o Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na terça (16), as medidas adotadas foram responsáveis pela redução da transmissão de casos e óbitos.


Motivadas pela descoberta da nova variante, a P1, considerada mais contagiosa, as ações para conter o vírus já duram quase um mês. No período, a Prefeitura proibiu o funcionamento de atividades não essenciais e a circulação de pessoas com bloqueios e fiscalizações, permitindo apenas sair para utilizar ou trabalhar em algum dos serviços em funcionamento. O transporte público não funcionou e supermercados ficaram fechados e atendendo por delivery durante seis dias, retornando em 27 de fevereiro.


“As medidas restritivas de isolamento social adotadas pela Prefeitura em fevereiro, incluindo o bloqueio ou lockdown, deram resultado e fizeram cair, ao menos preliminarmente, o número de novos casos confirmados de Covid-19 e a média móvel diária neste início de março. Entre 21 de fevereiro e 10 de março (17 dias), a média móvel diária de novos casos de Covid-19 caiu de 189,57 para 108, uma redução de 43,02%”, apontou o estudo da Fiocruz.


De acordo a última atualização da Secretaria de Saúde de Araraquara, a ocupação de leitos de UTI ainda está alta, com 85% da capacidade, mas é a menor em 32 dias. O prefeito Edinho Silva afirmou ontem (18) que Araraquara está há dez dias sem fila de pacientes com Covid-19. O número de mortes, no entanto, ainda não diminuiu. Ontem foram confirmadas mais três, subindo para 302 o total de óbitos desde o início da pandemia. “A redução vai demorar um pouco ainda porque os óbitos de hoje são uma fotografia da cidade na primeira quinzena do mês de fevereiro”, disse o prefeito ao Jornal Bom dia São Paulo, da TV Globo.

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