Os conceitos de higiene que aprendemos e utilizamos hoje em dia em nada lembram os que eram praticados na idade média, mais precisamente no continente Europeu.
Acreditava-se que a sujeira era uma proteção contra as epidemias, por isso os banhos eram raramente tomados: somente uma ou duas vezes ao ano. Enchia-se uma tina de água quente onde o chefe da família tinha o direito a desfrutar o primeiro banho na água limpa, depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, as mulheres e, por último, as crianças.
Não existiam banheiros, e os dejetos eram jogados pelas janelas das casas, podendo ser atirados em qualquer transeunte desavisado que passasse naquela hora “crítica”.

Ratos, baratas e quaisquer outros tipos de pragas conviviam familiarmente com os camponeses e até com a nobreza, que possuía lacaios que os abanavam com leques para espantar os insetos e o mau cheiro que exalava de seus corpos.
A maioria dos casamentos ocorria no mês de junho, pois na Europa era o início do verão. A razão era simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio, assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda estava tolerável. Mesmo assim algumas noivas carregavam buquês de flores para amenizar o odor que já começava a ser exalado.
Esse período de imundice teve conseqüências desastrosas para a Europa, pois as constantes epidemias que assolaram o velho mundo durante a idade média foram provenientes da total ausência de higiene por parte da população.