Vítimas pelo uso do cerol são cada vez mais frequentes; conheça casos recentes
- Redação
- 25 de jul.
- 3 min de leitura
O uso de cerol – mistura ilegal e perigosa de cola com vidro moído – tem causado vítimas com frequência cada vez maior em todo o país. Embora seja associado à brincadeira de soltar pipas, o material transforma linhas em armadilhas cortantes, capazes de provocar ferimentos graves e até mortes. Acidentes envolvendo cerol são mais comuns nos períodos de férias escolares, quando aumenta o número de crianças e adolescentes praticando a atividade em ruas e praças. Nos últimos meses, episódios trágicos envolvendo cerol foram registrados em diferentes regiões do Brasil, reacendendo o alerta sobre a gravidade do problema e a necessidade de medidas preventivas mais rígidas.
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Criança de 7 anos morre em Ribeirão Preto
Um dos casos mais chocantes aconteceu em Ribeirão Preto, no dia 2 de junho deste ano. Radyel Kelvin Lima da Silva, de apenas 7 anos, morreu após ter o pescoço cortado por uma linha com cerol enquanto andava de bicicleta. A criança havia encontrado uma pipa e a atravessou no corpo para levá-la, quando a linha tensionou e o atingiu com gravidade. Apesar de ter sido socorrido, o menino não resistiu aos ferimentos. Esse não foi um caso isolado na cidade. Em janeiro de 2023, José Ivanildo Correia, de 43 anos, morreu ao ser atingido no pescoço por uma linha de cerol enquanto pilotava sua moto. Já em 2019, uma motociclista de 26 anos precisou passar por cirurgia após sofrer corte profundo no pescoço, também provocado pelo cerol. Fonte: Portal IG
Motociclista ferido em Araraquara
Em Araraquara, um motociclista ficou ferido na região do pescoço ao ser atingido por uma linha com cerol na Avenida Pedro Sanches Alçarás, próximo à fábrica da Randon. O acidente ocorreu na última terça-feira (22). Apesar de o ferimento não ter causado sangramento ativo, a vítima foi encaminhada para atendimento médico.. A cidade já realizou campanhas educativas e distribuiu gratuitamente antenas corta-pipa para motociclistas, justamente como forma de proteção contra esse tipo de acidente. Fonte: Araraquara Agora.
Bióloga morre a caminho de casa
Outro caso trágico ocorreu em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, no último dia 19. A bióloga Jéssica Souza dos Santos, de 33 anos, morreu após ser atingida por uma linha com cerol enquanto pilotava sua moto. Ela havia saído da casa da mãe momentos antes e descia uma ladeira quando foi atingida no pescoço. O corte foi tão profundo que a jovem faleceu no local antes da chegada do socorro. Jéssica era professora e muito querida pela comunidade escolar. Fonte G1
Mototaxista é morto no Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o mototaxista Victor Hugo Silva, de 38 anos, perdeu a vida na Avenida Brasil no dia 16 de março, ao ser atingido no pescoço por uma linha de cerol. O corte foi fatal, e o Corpo de Bombeiros apenas pôde constatar o óbito. A Polícia Civil abriu investigação para apurar o caso. Fonte: CNN Brasil
Medidas e legislação
O cerol é proibido por legisltações estaduais e municipais. A Lei Municipal prevê multa de R$ 370 reais. Em caso de reincidência, o valor é duas vezes maior. O texto prevê a realização de campanhas periódicas pelo poder público local alertando sobre os perigos do cerol. Já em relação à legislação estadual, que prevalece sobre a local, o valor da multa chega a R$ 1.851,00.
Além de ser multado, quem fabrica, vende ou utiliza esse tipo de linha pode até responder criminalmente, especialmente em casos com vítimas. A instalação de antenas corta-pipa em motocicletas, a fiscalização do comércio de insumos e as campanhas de conscientização nas escolas e comunidades são algumas das estratégias utilizadas para combater o uso.
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