No final do ano passado, o cachorro Bobão apareceu em Motuca muito debilitado e com a cara machucada. Após atendimento veterinário, tratamento e campanha para arrecadar dinheiro para os custos médicos, ele voltou para as ruas.
Dócil, com sequelas dos maus-tratos e hostilizado por alguns moradores, ele precisava de um lar. E encontrou muito amor na casa da estudante de veterinária Moara Colombo Silva, de Araraquara.
“Minha prima Bruna Colombo trabalha na clínica Ceevet, em Araraquara, onde também sou estagiária atualmente. Ela me falou sobre um cachorro que tinha sido muito maltratado e que, depois do tratamento, iria pra adoção.
Ela me mostrou um vídeo dele. Na hora, eu sabia que ele ia fazer parte da minha vida. Meu padrasto, Flávio, logo quis adotá-lo. A minha mãe, Carla, também soube da história dele e quis trazê-lo pra casa.
Eu já queria outro cão pra fazer companhia pro meu dog mais novo, o Frederico. Hoje eles são inseparáveis.
O Manoel, como o chamamos, foi o primeiro pet que adotamos já adulto. Sem dúvida, está sendo uma experiência maravilhosa. Claro que os outros cachorros (Bruna tem mais 4) tiveram que se adaptar a ele. E ele a nossa rotina. Mas, não tenho nenhuma reclamação sobre adotar um cão adulto, mesmo ele destruindo os brinquedos (risos).
Tratamento
Devido às sequelas que ele apresentava, eu e a equipe da Ceevet achávamos que a mandíbula dele estava quebrada. Fizemos o raio-x e, graças a Deus, não estava fraturada. Então chegamos à conclusão que seria algo muscular. Atualmente, estamos aplicando alguns medicamentos líquidos diretamente no local da dor e, juntamente com a fisioterapia, ele está cada dia melhor.
Adoção
Eu sempre indiquei a adoção de cachorros, tanto filhotes quanto adultos. Depois do Manoel, percebi que a adoção é algo maravilhoso! Saber das histórias deles e ver como ficam depois de todo amor e tanto carinho é gratificante ver.
Sem dúvida, o Manoel trouxe uma alegria a mais pra casa. Ele traz luz. Ele é luz! Mesmo em casa há tão pouco tempo, já faz uma grande diferença. O amor que ele tem pra dar não tem como medir. Mesmo adorando virar um lixinho às vezes ou roubar a minha comida da mesa (risos), ele e meus outros animais são minha vida.”
Moara Colombo Silva, tutora do cão Manoel.