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Foto do escritorRedação

Moradores relatam cenas de terror. “Queimou tudo”

Cenas de terror. É assim que moradores ouvidos pela reportagem descreveram os momentos que passaram com o fogo em canaviais de proporção imensa que, entre sexta (23) e sábado (24), destruiu plantações, áreas de vegetações e chegou a imóveis rurais. Há relatos de mortes de animais domésticos e silvestres. É o pior desastre do tipo dos últimos anos no município, comparado somente com o de 2010, quando as chamas chegaram próximas à cidade (leia reportagem da época).


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Um aposentado, que preferiu não se identificar, estava pescando no Rio Mogi quando foi alertado por um filho que trabalha em uma usina da região sobre a eminência de um incêndio que atingiu o Assentamento Guarani, de Pradópolis, e já havia pulado o rio na área pertencente a Motuca. “Saí de lá e vim para um local mais seguro”, disse ele, enquanto observava a chegada das chamas, que horas depois viriam a devastar a região.


Proprietário de um sítio nas proximidades, o servidor municipal Pedro Vaz de Lima presenciou o momento em que as chamas cercavam e invadiam o local, queimando plantações, vegetações e destruindo um sistema de irrigação. "Soltei os animais que estavam presos e saí junto com duas pessoas que estavam comigo, pois não tinha nada fazer", lamentou ele. "Agora voltarei a reconstruir o que se perdeu", destacou.


Vicente tentou evitar que o fogo chegasse nos lotes

Morador do Assentamento Monte Alegre 2, o agricultor Vicente Ferreira Meira disse que, por pouco, o fogo não chegou aos lotes. “Queimou tudo”, destacou. “Estava num sítio aqui do lado. Fomos em cinco até lá para apagar, mas só foi possível porque veio um Caminhão Pipa. Se chegasse, acabava com o Assentamento”, relatou. De acordo com ele, apenas uma plantação de cana de moradora do local foi atingida. O problema maior, acrescentou, foi no Assentamento 3, de Araraquara, onde o fogo atingiu grande área da cultura e chegou a danificar casas e estruturas.


Salvar vidas

Brigadista de uma usina da região, Rodrigo de Oliveira Arruda conta que, nos três anos que exerce a atividade, nunca tinha presenciado algo tão impactante. “No Assentamento tivemos que apagar fogo em volta de uma casa, que já tinha atingido barracão e piquete de porcos”, relata ele, acrescentando que no dia os ventos estavam a mais de 60 km por hora e a prioridade era salvar vidas humanas e de animais. Rodrigo revela também susto quando presenciou um poste de iluminação cair em frente ao caminhão de água. “Saiu muita faísca e tivemos que dar a volta. Foi assustador”, lembra.


Veja fotos dos incêndios em Motuca


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