O prefeito João Ricardo Fascineli disse que foi criado um sensacionalismo em torno do caso do vigilante Antônio Correa dos Santos, de 61 anos, que não chegou a tempo de realizar transplante de rim em São Paulo após não conseguir veículo com motorista na Secretaria de Saúde. Ele também afirmou que não houve negligência sua e da Prefeitura. A declaração foi feita na manhã de hoje (21) no Programa da Morada, da Rádio Morada do Sol de Araraquara (assista), que repercutiu o assunto com a participação de Gracieli Oliveira, filha de Antônio.
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Para Ricardo, a família demorou em buscar o transporte no Centro Médico. O prefeito disse que foi procurado às 4h30 por Antônio. Na ocasião, segundo ele, após ouvir do responsável pelo setor de transportes a indisponibilidade de motorista, informou que a única coisa que poderia fazer era levá-lo com o carro da Prefeitura na rodoviária de Araraquara, onde pegaria um ônibus para São Paulo. “Falei para eles que iria trocar de roupa e para me esperar na Prefeitura”, relatou.
De acordo com o prefeito, em seguida, após ser informado pelo responsável de transportes sobre viagem de um veículo da saúde que saiu à 1h20 a São Paulo, ligou para o motorista que estava a caminho e orientou a deixar os pacientes em seus destinos e fazer o retorno para encontrá-lo. “Estava tudo certo de eu sair às 4h40 da manhã e fiquei procurando eles, mas não lembrava onde moravam. Fiquei uns 20 minutos aguardando no carro e quando peguei o celular vi uma chamada perdida do presidente da Câmara, que depois me avisou que já estava levando ele para São Paulo. Então passei o telefone do motorista e a partir daí não sei o que aconteceu ”, declarou.
O prefeito também disse que a busca de ajuda na sua casa não é o procedimento correto. “Acordar as 4h30 da manhã sem saber o que está se passando, sem um papel para saber se é verdade ou mentira. Já pensou se todo mundo começar a bater na minha casa querendo ir para São Paulo”, questionou.
Em nenhum momento ele se prontificou em levar meu pai a São Paulo, diz filha
Em resposta à declaração de Ricardo, a filha de Antônio, Gracieli Oliveira, disse que em nenhum momento ele se prontificou em levá-lo a São Paulo. “A verdade é que você questionou o meu pai se ele iria trabalhar naquele horário, mas se você tivesse ligado para algum motorista e explicado a situação nenhum deles iria falar não”, sublinhou.
Ela também retrucou menção de Ricardo de que o pai chegou a casa dele “dirigindo um carro novo”. “O carro novo é um Palio 99 parcelado”, explicitou. O prefeito também fez alusão de que ela teria falado em indenização. "É mentira", vociferou Gracieli.
De acordo com ela, não houve demora na busca pelo transporte. “Ele recebeu ligação à 1h20 da manhã e, após a moça fazer as perguntas e explicar o que estava acontecendo, imediatamente já entrou em contato com o posto de saúde”.
A indefinição na disponibilização do transporte, disse ele, atrasou a viagem, que só foi acontecer às 5h. “Se meu pai tivesse saído daqui às 3 horas ele chegaria ao hospital o mais tardar às 8:30 da manhã e estaria como transplantado hoje com toda certeza”, lamentou.
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