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Com deficiência na fiscalização, Motuca deve retornar barreiras e lockdown total aos domingos

Atualizado: 13 de fev. de 2021

Com a pandemia em seu pior momento, autoridades locais levantaram em reunião realizada ontem (11) algumas ações consideradas necessárias para enfrentá-la. As principais são: fiscalização de desobediências às regras do Decreto Estadual para a Covid, retorno das barreiras nas entradas da cidade e o lockdown total aos domingos. O prefeito João Ricardo Fascineli anunciou uma live hoje (12), às 16h, com a finalidade de informar o endurecimento das medidas municipais.


“São medidas impopulares, que vão desagradar muita gente, mas temos que fazer alguma coisa, pois a situação é caótica”, falou Ricardo aos nove vereadores da cidade e ao cabo Jeferson Aldrei Benedicto, comandante interino da PM local. Ele estava acompanhado dos secretários Márcio Aparecido Contarim, da Saúde, André Luis Machado da Silva, de gabinete, e Cristina Sanches, da educação.


Instaladas entre março e setembro do ano passado, as barreiras foram consideradas tanto por Ricardo como por Contarim importantes para controlar a doença. Na época, no entanto, receberam diversas críticas de moradores pelo alto custo e eficiência questionada.


De acordo com a Fundação Seade, nos três últimos meses que antecederam a retirada das barreiras (Julho a setembro), foram contabilizados 38 casos. Já nos três meses após a retirada (outubro a dezembro) foram 33. Além disso, a iniciativa não conseguiu conter o pico de 21 casos no ano passado, ocorrido em julho.

O vereador Alison de Souza Mares Rodrigues disse que não concorda com as barreiras nos moldes como foram desenvolvidas. “Sou totalmente contra na maneira que era feito o serviço. Sou a favor se forem contratadas pessoas qualificadas através da Prefeitura e que as informações possam ser acompanhadas no Portal da Transparência”, apontou. Os vereadores Renato Luis Rateiro e Marcos Donizete Rodrigues Faria (Tuca) seguiram o raciocínio do vereador.


De acordo com Ricardo, a proposta é aprimorar o serviço das barreiras e desenvolvê-lo com um custo menor. “Talvez possamos deixar o pessoal somente no horário comercial para impedir a entrada de ambulantes e conscientizar a população”, argumentou.


Sobre a fiscalização, as autoridades reconheceram que não existe na cidade estrutura para efetivar as exigências previstas no Decreto Estadual. O cabo Jeferson Aldrei Benedicto, comandante interino da Polícia Militar (PM) local, disse que já solicitou à Secretaria de Saúde um profissional para acompanhar os policiais nas abordagens, como é feito em outras cidades. “A gente faz os Boletins de Ocorrências (BOs), que geram inquéritos, mas as notificações não cabem a nós”, explicou.


De acordo com Contarim, o município está encontrando dificuldades em realizar o trabalho, pois uma lei federal impede novas contratações e os profissionais da pasta atuam somente de segunda a sexta. "Mas nós já enviamos duas profissionais pegarem assinaturas dos comerciantes e deixá-los a cientes de suas obrigações", apontou.


O prefeito Ricardo focou principalmente nas festas clandestinas realizadas aos finais de semana em áreas de lazer da cidade. De acordo com ele, muitos moradores ligam na Prefeitura denunciando aglomerações nos locais que chegam a 100 pessoas.


Com relação ao lockdown total, a medida foi avaliada como necessária aos domingos, pois é o dia com maior movimento nos comércios, principalmente os supermercados. Desta forma, nenhum estabelecimento deve funcionar no dia. Uma das questões levantadas pelo vereador Renato foi sobre a permissão de drive thru ou delevery.


Veja fotos da reunião:


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