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Variante presente na região é mais contagiosa, leva a casos mais graves e atinge mais jovens

Foto do escritor: RedaçãoRedação

Presente na região, a variante da Covid-19 conhecida como P.1, detectada pela primeira vez em Manaus, vem se espalhando rapidamente pelo país. Estudos já demonstram aumento considerável em contágios e em casos graves.


A mutação tem uma capacidade de infecção até 2,2 vezes maior do que o vírus primário da Covid. Ela também dribla os anticorpos adquiridos por quem já teve a doença, provocando um percentual de reinfecção que varia entre 25% e 61%. Há ainda indícios de que a nova variante também é responsável por um número maior de pacientes jovens que desenvolvem a forma grave da doença.


As conclusões do grupo coordenado por Ester Sabino, da Universidade de São Paulo (USP), e Nuno Faria, da Oxford University (Reino Unido), se baseiam na análise genômica de 184 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes diagnosticados com COVID-19 em um laboratório de Manaus entre novembro de 2020 e janeiro de 2021.


Outro estudo divulgado também na sexta-feira (27/02) por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia indica que em indivíduos infectados com a P.1. a carga viral no organismo pode ser até dez vezes mais alta.


Até o momento foram detectadas 17 mutações da Sars-Cov2. Três são consideradas mais importantes – a N501Y, a K417T e a E484K –, pois se localizam na ponta da proteína spike, em uma região conhecida como RBD (sigla em inglês para domínio de ligação ao receptor). É nesse local que ocorre a ligação entre o vírus e a célula humana.


Segundo pesquisadores, essas três mutações-chave são idênticas às encontradas na variante mais transmissível reportada na África do Sul (B.1.351). Já a variante de preocupação descoberta no Reino Unido (B.1.1.7.) apresenta apenas a mutação E484K na região RBD. Uma das possíveis explicações para o fenômeno, indicam pesquisas, é o vírus ter tido mais tempo para evoluir ao infectar um paciente com o sistema imune comprometido.


Com Agência Fapesp e o Globo (Ao Ponto)

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