"Tive a sensação que estava desfalecendo", diz moradora que contraiu dengue
- Redação
- 28 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de mar. de 2022
Aumento de casos leva Saúde local a realizar trabalho de nebulização no interior de residências e "fumacê", cujo uso é restrito
A doméstica Elza Trindade de Souza é uma da várias pessoas de Motuca que contraiu dengue. Primeiro, começou com uma dor de cabeça leve e no fundo do olho. Depois febre, vômito, diarreia... até chegar numa das piores sensações que teve na vida. “Estava deitada na cama. Aí levantei e fui ao banheiro e, quando voltei, do nada comecei a ficar muito triste e dava a impressão que eu estava desfalecendo”, relata.

Por causa do agravamento dos sintomas buscou atendimento no Centro Médico de Motuca, onde recebeu soro por duas ocasiões e tratamento em razão da queda de plaquetas no sangue, que chegou a níveis preocupantes.
“Foram oito dias de sofrimento. Foi uma experiência horrível. Espero nunca mais pegar”, comenta Elza.
"Ainda sofro com sequelas", diz moradora
Elza mora no Jardim Nova Motuca, bairro onde concentram-se muitos casos de dengue na cidade. A amiga Rita Moreira Paiva, também residente do local, contraiu a doença há cerca de 15 dias e também teve que buscar atendimento médico e receber soro. “Ainda sofro com sequelas. Peguei nojo de tudo. Agora que estou conseguindo comer”, relara ela.
Ações contra a dengue inclui nebulização em residências e "fumacê"
O surto de dengue vem gerando preocupação nas autoridades de saúde local. A Vigilância Epidemiológica Municipal já constatou que o sorotipo que circula em Motuca pode causar forma grave da doença. Em Araraquara, quatro pessoas vieram a óbito após terem contraído o vírus.
Diante disso, agentes do controle de vetores da Secretaria de Saúde realizaram na semana passada trabalho de nebulização no interior de residências, além da pulverização com inseticida nas vias por meio de veículo, popularmente conhecido como “fumacê”. Seu uso, no entanto, é autorizado pela Sucen somente em casos muito restritos. A utilização indiscriminada pode levar a uma resistência do mosquito Aedes aegypti, trazendo um efeito inverso no enfrentamento da doença.
Repelentes e eliminação de criadouros
Como prevenção, a Vigilância Epidemiológica orienta os moradores a usarem repelentes e inseticidas, além de eliminarem objetos que podem servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, principal vetor do vírus que causa a dengue.
Casos não informados
Ao contrário da Covid, a Prefeitura não divulga os casos de dengue periodicamente. A reportagem solicitou a atualização dos registros na cidade para a Vigilância Epidemiológica Municipal, mas ainda não obteve resposta.
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