Queiroga faz apelo para vacinação de crianças contra a Polio após alerta da Opas

A baixa adesão à Campanha de Vacinação contra a Poliomielite vem preocupando autoridades de saúde nacional e internacional sobre o possível retorno da doença, erradicada desde 1989 no país graças à imunização. A OPAS (Organização Panamericana de Saúde) alertou o governo brasileiro sobre a gravidade da situação e solicitou providências.

Ontem (5), o ministro da saúde Marcelo Queiroga publicou vídeo com apelo para que pais e responsáveis levem as crianças às Unidades de Saúde para receberem as doses. “Infelizmente, temos assistido ao retorno da poliomielite em vários países do mundo, mesmo nos mais desenvolvidos, por causa da queda no índice de cobertura vacinal. Não permitiremos que isso aconteça em nosso país”, destacou o ministro.

De acordo com ele, o Brasil está na situado em uma região considerada de alto risco para a reintrodução do vírus. “Os mais idosos provavelmente se lembram da gravidade dessa doença, que levou tantas crianças à morte ou com sequelas graves”, pontuou. “Levem as crianças menores de 5 anos aos postos de vacinação, Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso país”, complementou.

Baixa cobertura

Diante da baixa adesão, o Governo de São Paulo prorrogou até 31 de outubro a campanha de multivacinação, incluindo contra a poliomielite.

A cobertura contra a poliomielite chegou a 1,1 milhão de crianças, cerca de metade (49,2%) do público-alvo. A vacina é indicada para todas as crianças de dois meses a um ano de idade. Após o ciclo inicial, de três doses, são feitos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A campanha também oferece imunizantes BCG, contra tuberculose, contra as hepatites A e B, difteria, tétano, coqueluche, febre amarela, sarampo, varicela e HPV, entre outras, para crianças e adolescentes de até 15 anos de cidade.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, pouco mais de um quarto desse público foi levado aos postos de vacinação.