
No plano de governo da campanha de 2016 que o levou a ocupar pela segunda vez a cadeira no poder executivo local, Ricardo se comprometeu a doar 200 terrenos às famílias que pagam aluguel “com toda infraestrutura de água, luz, esgoto, asfalto e planta da casa para que possam, por meio de mutirão, construir ali seus lares”, conforme descreveu.
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A promessa na ocasião, no entanto, resvalava em algo crucial para sua execução: a falta de documentação que comprovasse a posse legal pela Prefeitura. A exigência burocrática para a aprovação do loteamento foi a mesma que trouxe transtornos aos moradores do “Minha Casa, Minha Vida”, que se mudaram para suas residências em local ainda carente de infraestrutura como pavimentação, guias e sarjetas e só conseguiram a iluminação após um artificio apresentado pela CPFL. No papel, o conjunto de moradias faz parte até hoje da Vila Malzoni.
É possível observar o foco de Ricardo para tirar do papel sua principal promessa de campanha, cuja doação foi elevada de 200 para 260 terrenos. A promessa, no entanto, não foi cumprida. Ao sortear as moradias sem ao menos ter a aprovação do local por órgãos reguladores, o candidato pulou etapas como avaliou o vereador José Roberto Legramandi em vídeo (Assista) ao mesmo tempo em que manteve ativa a sensação dos beneficiários que era questão de tempo a efetivação do compromisso.
A regularização do espaço aconteceu em dezembro 2018, com a assinatura da escritura pública de desapropriação amigável de área de 9,721 alqueires adquirida junto à Jardim Santa Luiza Participações Ltda., empresa da família Malzoni, quando foi paga pela Prefeitura a 2ª parcela dos R$ 500 mil negociados na ocasião da compra, em 2010. (Leia)
Ricardo escolheu a véspera das eleições para protocolar na Graprohab, Grupo intersetorial vinculado à Secretaria de Habitação do Estado, a documentação para o desenvolvimento do novo loteamento, com direito a divulgação de vídeo em seu perfil no Facebook (Assista). A aprovação ainda depende da análise do órgão, cujo prazo é indeterminado.
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