Mais de 90% dos incêndios foram causados por ações humanas; focos aumentaram 136% no estado
- Redação
- 23 de ago. de 2024
- 1 min de leitura
Incêndios de grandes proporções em canaviais nas regiões de Guatapará e Ribeirão Preto deixaram a região coberta de fumaça e fuligem, causando acidentes pela baixa visibilidade em rodovias. Áreas de matas e florestas também foram devastadas pelo fogo.
Vídeos que circulam na internet mostram a devastação:
De acordo com o Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), em 2023 mais de 90% dos 158 focos de incêndio em áreas protegidas tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que no período de 1 de janeiro a 31 de julho de 2024 foram detectados 1.798 focos de incêndio pelo satélite de referência AQUA_M-T, número 136% maior que o mesmo período de 2023. Os modelos climáticos pedem atenção para os meses de agosto e setembro, quando as condições de estiagem e altas temperaturas estarão mais severas.
O estado de São Paulo vem sendo castigado por estiagem severa. Entre 2023 e 2024 registrou o menor nível acumulado de chuvas em 24 anos. O Governo de São Paulo publicou um decreto que institui o Plano Estadual de Resiliência à Estiagem, chamado "SP Sempre Alerta". O objetivo é estabelecer diretrizes e ações de prevenção, mitigação e resposta aos impactos de uma possível estiagem prolongada no ano de 2024.
As principais medidas previstas no decreto incluem:
Estimular o consumo consciente de água pela população.
Oferecer apoio aos municípios atingidos pela estiagem.
Integrar as políticas e programas estaduais de resiliência climática já em andamento.
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