top of page

“Levaram tudo, até o prazer em trabalhar aqui”, lamenta sitiante furtado 2 vezes seguidas

Foto do escritor: RedaçãoRedação

Atualizado: 17 de fev. de 2023


Mauro espera que as autoridades reforcem a segurança na área rural

Aos 66 anos, o aposentado Mauro Muniz tem como grande prazer na vida trabalhar em seu sítio. "Não gosto da cidade", diz. Um infarto em novembro o deixou afastado do local por 26 dias. Enquanto esteve internado, ficou angustiado e irrequieto, principalmente pela falta dos afazeres diários que realiza desde quando comprou a propriedade, há 25 anos.


Sempre teve galinhas e porcos, mas o que mais gosta mesmo é criar gado. Chegou a ter mais de 100 cabeças. Com a renda do leite e a comercialização dos animais, tinha uma renda extra para as despesas da casa.


Mauro, conhecido na cidade como Galício, continua indo todos os dias ao sítio, localizado há poucos quilómetros de Motuca. A maior parte do tempo, porém, já não dedica mais ao trabalho com os animais. Trocou o pasto pela ampla varanda da casa. Lá, sentado, permanece por longo período observando a bela paisagem e o pouco que restou de dois furtos seguidos em sua propriedade, nos dias 14 e 18 de janeiro deste ano. O local já tinha sido alvo de criminosos em anos anteriores.


Desta vez, das mais de 40 galinhas, sobraram apenas duas. Também furtaram dois porcos. E ainda vários equipamentos, utensílios domésticos, alimentos, ferramentas e eletrodomésticos, com prejuízo difícil de ser calculado.

“Levaram praticamente tudo, até o meu prazer em trabalhar aqui. É desesperador ver o que a gente juntou ao longo dos anos ser levado em uma noite”, lamenta.

O sitiante ainda possui esperança em voltar a criar os animais. Porém, com menor esforço, por causa de recomendação médica. Depende, sobretudo, que as autoridades locais atuem para melhorar a sensação de segurança nas áreas rurais. “Difícil um sítio que não foi invadido por aqui. Falaram que Motuca teria uma patrulha rural, com policiais passando com viaturas nas propriedades. Espero que saia mesmo, pois toda a cidade tem”, ressalta.


Das rotinas no sítio, ao menos uma permaneceu. Aos domingos, Mauro continua se reunindo com a esposa, filhos, noras e netos para um almoço em família. “Até um dia de muita chuva minha mulher fez questão de vir para cá”, relata. Teve, no entanto, que se adequar a nova realidade. “Agora nós trazemos de casa as coisas que vamos usar, até o fogão e o botijão, e quando vamos embora levamos de volta”, diz.



Comments


  • Facebook Social Icon
  • Twitter Social Icon
  • YouTube Social  Icon
  • Instagram

Obrigado! Mensagem enviada.

Termo-de-adocao-e-guarda-responsavel.pdf

bottom of page