Cerca de 10% da população brasileira já recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e menos de 3% a segunda dose. Apesar de avançar nas últimas semanas, as aplicações ainda estão lentas. Sem remédios com eficácia comprovada, a imunização é a única alternativa contra a doença. De acordo intervalos previstos pelos fabricantes, ela deve surgir de duas a três semanas após a segunda dose.
Atualmente, apenas duas vacinas estão sendo utilizadas no país: a Coronavac, cujo intervalo recomendado entre a 1ª e a 2ª dose deve ser de 28 dias; e a AstraZeneca, com intervalo de 12 semanas. Desta forma, espera-se uma resposta imunológica capaz de, ao menos, evitar infecções graves e mortes.
Cuidados devem continuar
Com a vacinação, muitas pessoas podem achar que as medidas de proteção como uso da máscara, do álcool em gel e do distanciamento não precisam mais ser respeitadas.
Mas é justamente o contrário. O médico David Urbaez, diretor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia do Distrito Federal, em entrevista a Agência Brasil, explica que os cuidados precisam ser mantidos.
“Não muda absolutamente nada. Nós, mesmo que vacinados, temos que fazer uso da máscara o tempo inteiro, temos que manter o distanciamento de 2 metros em todos os lugares e temos que deixar para trás qualquer tipo de aglomeração. E temos que fazer higiene de mãos e de superfícies de forma frequente”.
O médico explica que o pequeno número de vacinados não impede a circulação do coronavírus. Segundo ele, ainda não há certeza se as pessoas vacinadas podem transmitir a doença.
"A vacina não tem, ainda, evidências que evite a transmissão dos vírus. Ou seja, a pessoa vacinada, mesmo com as duas doses, poderá se infectar com o coronavírus. E o que essa vacina evita? O mais importante dentro da covid-19, é que você desenvolva sintomas graves e tenha que ser internado, porque você pode evoluir para um caso grave e daí para óbito”, pontuou.
Comentarios