Cerca de dois meses após perder o prazo para realizar transplante de rim por não encontrar transporte na Secretaria de Saúde de Motuca, o vigilante Antônio Correa dos Santos, 61, em uma nova oportunidade, recebeu o órgão de um doador falecido com o mesmo tipo sanguíneo que o seu, O negativo, considerado um dos mais raros.
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Desta vez ele optou por não procurar o serviço público municipal e utilizou o próprio carro, que foi dirigido por um motorista amigo da família até o Hospital do Rim (HRim), centro de excelência em transplante e tratamento de doenças renais.
O telefone com a informação sobre a disponibilidade do órgão tocou por volta das 23h20 de segunda (20). “Meu marido já tinha combinado com quatro motoristas amigos para que o levasse em caso de um novo contato do Hospital e felizmente deu certo”, exalta a esposa Elza dos Santos, que revela ter sido surpreendida com nova oportunidade tão rápida. “Eu rezo muito e tinha certeza que isso iria acontecer, mas achava que iria demorar mais”, complementa.
A orientação era que Antônio chegasse até às 5h da manhã. Antes das 4h, porém, já estava no Hospital, onde fez exames e se preparou para a cirurgia, que durou cerca de cinco horas e foi considerada um sucesso. “Ele nem precisou fazer a hemodiálise”, relata a esposa, que aguarda ansiosa pelo retorno do marido. “Ele ficou muito incomodado com o que aconteceu e agora terá uma vida melhor e com qualidade de vida”, comemora. A previsão é que Antônio permaneça por cinco dias em observação antes de voltar para casa.
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