Motuca fechou o ano de 2019 com 135 casos positivos de dengue, o maior já registrado na série histórica, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde.
A realidade local no período reflete o que também foi observado na região e em grande parte do país, que contabilizou 1.527.119 casos prováveis da doença em 2019, o que representa crescimento de mais de 500% comparando com o ano anterior, quando foram registrados 247.393 casos.
Diante da escalada da doença, autoridades de saúde articulam ações de enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti, responsável também pela transmissão do zika vírus, chikungunya e febre amarela.
Em circular encaminhada recentemente para as Secretaria de Saúde da região, a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) enfatizou a necessidade dos municípios focarem no trabalho juntamente com a população na eliminação de possíveis criadouros do mosquito.
Inseticidas
A utilização de inseticidas vem sendo limitada pelos órgãos de saúde em virtude de acarretar em aumento da resistência do Aedes. O Ministério da Saúde alertou em 2017 para problemas com o principal produto utilizado, o Malathion. Entre eles: formação de dupla face, dificuldade de emulsificação e vazamento em embalagens. Desde abril do ano passado, o estoque nacional do inseticida encontra-se em situação de desabastecimento.
Diante disso, a Sucen informou aos municípios que não existe produto disponível para atender as exigências preconizadas pelo Ministério da Saúde na eliminação do mosquito em sua forma alada.
“Não existe inseticida para utilizar, então estamos sendo orientados a reforçar os trabalhos de busca ativa por criadouros, eliminando as larvas, com a colaboração dos moradores, além de ressaltar a importância da utilização de repelentes e de proteção de telas nas residências”, destaca a coordenadora da vigilância sanitária Susi Elaine dos Santos Falvo.

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