A diretora Elisabeth Rabalho Legramandi, da EMEIF Maria Luiza Malzoni Rocha Leite, negou que o aparelho para medir a temperatura utilizado no protocolo de segurança contra a Covid 19 ficou sem funcionar por falta de pilhas, conforme informou de forma anônima uma professora ouvida pelo Cenário. (Leia a matéria).
“Só tenho a informar que todas as vezes que solicitamos pilhas para a Escola fomos atendidos e em nenhum momento professor as solicitaram para a Direção. Fiz um pedido de pilhas e substituição de aparelho para aferição de temperatura no dia 11/05 e fui prontamente atendida”, declarou a diretora.
Antes da publicação da matéria, como faz em todas as reportagens, o site buscou o esclarecimento da Prefeitura e da Secretaria de Educação sobre a informação, entre outras incluídas no texto, mas não foi encaminhado. (Leia abaixo os questionamentos sem respostas).
A fonte procurou o Cenário após a confirmação de casos positivos na educação e optou pelo anonimato por temer retaliações.
Diante da repercussão e questionamento da Secretaria de Educação de que não houve solicitação de pilhas, a direção da escola elaborou um documento e colheu a assinaturas dos professores com a confirmação que havia pilhas na escola e que não houve solicitação dos profissionais.
Veja os questionamentos enviados para a Prefeitura e Secretaria de Educação que não foram respondidos:
O site foi informado sobre dois casos positivos de Covid na rede municipal de ensino, de uma professora da Maria Luiza e um professor da Adolpho. Na apuração, profissionais ouvidos pela reportagem demonstraram preocupação com um eventual surto da doença nos locais, mesmo com os cuidados sanitários, pois tiveram contato com os positivados. Uma das profissionais disse que a Prefeitura não vem cumprindo os protocolos de segurança, pois, de acordo com ela, faltam produtos adequados de limpeza que combatam o vírus nas faxinas. Também reclamou que o termômetro que afere a temperatura não está sendo utilizado por falta de pilhas. Segundo ela, foram solicitadas, mas a Prefeitura ainda não disponibilizou. Professores da Maria Luiza reiteraram as reclamações sobre a falta do wifi. De acordo com eles, existe prejuízo na aula remota. Diante disso, voltam a demonstrar a necessidade do trabalho em home office, que consideram mais seguro e ainda tendem a melhorar a qualidade do ensino remoto.
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