A vereadora Danielle Mercia Petrazzo Fascineli culpou o colega Alison de Souza Mares Rodrigues pela falta de médicos em Motuca por ele não ter colocado em votação projeto de lei para aumento no subsídio do prefeito, vice e secretários municipais no ano passado, quando era presidente da casa. Por determinação legal, nenhum servidor pode ter remuneração maior que o chefe do poder executivo. A limitação do rendimento local não é considerada atrativa aos profissionais de saúde, de acordo com autoridades municipais.
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“Hoje estamos tendo este problema por causa da irresponsabilidade por não ter colocado o projeto para votação”, provocou a vereadora em seu discurso na Tribuna da Câmara, que atribuiu a atitude de Alison por suposta motivação política. “Não colocou o projeto para votação porque pensando em reeleição”, alegou a vereadora.
Em seguida, mostrou o demonstrativo do subsídio que recebe da Câmara e disse que doaria o valor para a contratação de profissionais caso houvesse legalidade. A atitude contraria informação dada por ela mesma posteriormente de que o município possui recursos financeiros para a contratação, mas esbarra em impedimentos legais.
Alison reagiu ao discurso de Danielle. “Aqui não tem moleque. Sou homem de verdade, pai de família e quando tenho que usar o plano de saúde primeiro procuro a Unidade de nossa cidade, como todos, mas nem por isso venho aqui para virar as costas e fazer as coisas de qualquer jeito”, alfinetou.
O vereador afirmou que, ao contrário do que alega a vereadora, o problema é antigo e nunca foi enfrentado pelas diferentes administrações. “Não venha colocar coisa na minha boca e na minha administração sobre uma coisa que não fiz. A responsabilidade é de todos, já vem há anos e não na minha gestão”, concluiu.
Projeto foi retirado após acordo entre os vereadores com a justificativa da crise ocasionada pela pandemia; Na época, Danielle não se manifestou
O projeto de Lei para aumento no subsídio do prefeito, vice e secretários foi retirado após acordo entre os vereadores (acesse a matéria). Não houve manifestação pública contrária à retirada, nem mesmo da vereadora Danielle, que criticou agora o então presidente Alison pela não votação do texto. O principal argumento na época foi a crise ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19). Além dos agentes políticos da Prefeitura, tramitava também proposta para aumento no subsídio dos vereadores e do presidente da Câmara, que também foi retirada de votação.
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