O Ministério da Saúde anunciou ontem (6) a antecipação da aplicação da vacina bivalente a grupos prioritários após serem detectadas sublinhagens da Covid-19 no Brasil, a JN.1 e a JG.3.
A recomendação é para quem possui 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos de idade, caso tenham se vacinado há mais de 6 meses. As doses são atualizadas às novas cepas, consideradas seguras e aprovadas pela Anvisa.
As variantes JN.1 e JG.3 são duas subvariantes da variante BA.2 da ômicron, que é a variante dominante da covid-19 no mundo. Ambas foram identificadas pela primeira vez no Brasil, no estado do Ceará, em novembro de 2023.
A subvariante JN.1 é uma mutação da BA.2 que contém 10 mutações adicionais no seu genoma. Essas mutações estão localizadas nas regiões da proteína spike, que é a principal responsável pela entrada do vírus nas células humanas. Essas mutações podem conferir à JN.1 uma maior capacidade de transmissão e de escapar da resposta imune do corpo humano.
A subvariante JG.3 é uma mutação da BA.2 que contém 9 mutações adicionais no seu genoma. Essas mutações também estão localizadas nas regiões da proteína spike. As mutações da JG.3 são semelhantes às mutações da JN.1, o que sugere que ela também pode ter uma maior capacidade de transmissão e de escapar da resposta imune.
Ambas estão sendo monitoradas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS classifica as duas subvariantes como "variantes de interesse" (VOI), o que significa que elas apresentam alterações no seu genoma que podem afetar a sua transmissibilidade, gravidade ou resposta às vacinas.
Ainda não há estudos suficientes para determinar a gravidade. No entanto, alguns estudos preliminares sugerem que elas podem causar sintomas semelhantes aos da variante BA.2, que incluem febre, tosse, dor de garganta, coriza, dor de cabeça e fadiga.
O Ministério da Saúde recomenda que a população continue seguindo as medidas de prevenção contra a covid-19, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos. A vacinação também é importante para proteger contra as variantes da covid-19.
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