Integrantes do Conselho Municipal de Saúde de Motuca discutiram ações para punir moradores que não eliminarem de seus quintais objetos que possam servir de criadouros do mosquito Aedes Aegypti.
A primeira proposta foi do secretário Márcio Contarim, sugerida, de acordo com ele, por dirigentes do Departamento Regional de Saúde de Araraquara (DRS II), para condicionar a doação de cestas-básicas e outros benefícios sociais aos moradores que comprovarem ações de limpeza em suas residências.
“Algumas cidades já implementaram a medida, como Rincão e Boa Esperança do Sul, e Araraquara também vem estudando... porque as pessoas só vão acordar na hora que pesar”, apontou. Antes, o secretário havia criticado o fato de focos de larvas do mosquito terem sido encontrados em moradias de pessoas esclarecidas e com poder esquisito relativamente bom.
Convidada a participar da reunião para discutir a proposta, a assistente social Elenice Cristina Davoglio Candido demonstrou sua posição contrária. De acordo com ela, a medida cria um falso estigma de que a condição vulnerável da pessoa está ligada a sujeira. “Também acredito que não vai trazer tanto resultado”, apontou. A profissional questionou a efetividade operacional e legal da iniciativa. Prevista para ser deliberada pelo Conselho Municipal de Assistência Social a proposta foi descartada.
A conselheira Ivonete de Mello Santos considerou necessária a fiscalização, notificações e multas direcionadas a moradores que forem flagrados com quintais sujos. “Isso tem que ser feito antes dos períodos das chuvas, quando não estão acontecendo os contágios”, apontou.
A coordenadora Susi Elaine dos Santos Falvo, da Vigilância Sanitária, disse que o município desenvolve durante o ano todo trabalho voltado a enfrentar a dengue, mas falta uma legislação municipal com previsões de punições . “A gente já conversou com os vereadores, mas a gente sabe que existe a dificuldade em aprovar leis impopulares”, pontuou.

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