A Prefeitura de Motuca não deve cumprir o compromisso firmado em audiência pública de implantar um programa de controle populacional de animais domésticos neste ano. O secretário de saúde Márcio Contarim, responsável pela pasta de onde seriam destinados os recursos, alega que houve problemas no processo de licitação, que inviabilizaram o desenvolvimento da iniciativa neste ano.
“Agentes de saúde estão realizando levantamento da quantidade de cães e gatos tanto na área urbana como rural para avaliarmos a atual situação”, relata. De acordo com ele, a Prefeitura deve firmar contrato com um profissional e construir um espaço físico adequado para as cirurgias.
O aposentado Paulo César Cassiano, de 52 anos, auxilia de forma voluntária no trabalho de proteção aos animais da cidade. Ele participou de reunião no ano passado com o prefeito João Ricardo Facineli e demonstrou a importância da iniciativa. “Temos vários casos de moradores que não possuem recurso para pagar a cirurgia e os animais acabam dando cria. Nem sempre conseguem donos para todos e os que ficam acabam sendo abandonados”, sublinha.
A voluntária Nátalia Araújo observa um aumento no número de animais na cidade, principalmente de gatos, que possuem um intervalo de cio menor que os cães e costumam ser mais ariscos. “Muitas pessoas ajudam alimentando e castrando conforme suas condições, mas isso não é o suficiente para resolver o problema. Precisamos da ajuda dos governantes”, acentua.
Lei municipal
No poder legislativo, o vereador Irineu Ferreira apresentou proposta para ser transformada em lei que institui e cria diretrizes para melhorias nas condições dos animais na cidade, tanto no controle populacional como na identificação e conscientização para a posse responsável. “É um problema que vem se arrastando e precisamos resolvê-lo”, salienta.