O Bairro Santa Terezinha é considerado um dos mais violentos de Américo Brasiliense. Só nesse ano foram registrados quatro homicídios e cinco de tentativas. Grande parte das ocorrências gira em torno do crime que se tornou epidemia no país: o tráfico de drogas.
Para o subtenente Rogério Figueiredo, comandante da Polícia Militar de Américo Brasiliense, a falta de políticas de segurança voltadas à prevenção moldou a atual realidade do bairro. “Depois que o crime está instalado, fica muito mais difícil o controle”, aponta.
Até junho desse ano, de acordo com a Secretaria de segurança Pública do Estado, foram registradas 20 prisões em Américo, o que representa um aumento de 185% em relação ao mesmo período no ano passado, quando sete traficantes foram para a cadeia.
O salto não resulta apenas da intensificação no trabalho ostensivo da polícia. Há alguns anos, vem se consolidando em Américo a participação da população na segurança pública, fator considerado pelas instituições de segurança como aliado importante no combate ao crime.
Denominado “Vizinhança solidária” o programa exportado no Japão consiste em aproximar e estimular a organização de moradores no monitoramento dos bairros. “Observamos uma redução significativa do crime e um aumento da sensação de segurança nos locais onde o programa está instalado”, explica o subtenente.
Em Américo, existem cinco grupos que atuam em bairros e um na área rural, formados por voluntários que utilizam o aplicativo whatsapp para se comunicarem e encaminharem as necessidades de providências à PM.
Convidado a participar do “Vizinhança solidária”, o autônomo Vagner Adriano observa melhorias significativas após a inserção do programa no bairro onde mora. “Conseguimos praticamente zerar o furto de celular, que era uma de nossas principais preocupações”, comenta ele, que atua como o tutor no grupo, figura que serve de elo entre os moradores e a PM.
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